Por que continuar pastoreando mesmo sem resultados visíveis?
Sexta-feira, 05 de Setembro de 2025    12h34

Por que continuar pastoreando mesmo sem resultados visíveis?

"As estações na vida de um pastor"

Fonte: Omar Johnson
Foto: Voltemos ao Evangelho

 

“O que teremos então?”

Pastor, você já refletiu sobre essa questão em seu coração?

Sua congregação cresce lentamente. Os problemas se multiplicam rapidamente. Colegas desfrutam de igrejas maiores, prédios melhores e ministérios mais amplos. A cultura se afasta cada vez mais de Deus e de sua Palavra, mas prospera.

Com tudo isso, você se pergunta: “O que teremos então?”

O apóstolo Pedro dá voz ao nosso questionamento interior. Ao considerar o custo de seguir Jesus e ajudar outros a fazerem o mesmo, ele pergunta a Jesus: “Que receberemos então?” (Mateus 19.27)

Jesus respondeu:

Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna. (Mateus 19.28-29)

Ministério é difícil. Normalmente envolve alguma perda e lamentação. Jesus nunca negou isso, mas também prometeu que eles “receberão o cêntuplo e herdarão a vida eterna”.

Em meio às dificuldades e sofrimentos do ministério, a promessa de Jesus pretendia impulsionar Pedro — e nós — a continuar.

Como a antecipação de sua recompensa ajuda você no ministério?

Antecipar suas recompensas mantém você focado

As recompensas estão chegando, mas não são as recompensas que somos tentados a desejar. Depois de dedicar mais de vinte horas à preparação do sermão, queremos uma congregação grande e atenta, que se deixe cativar por cada palavra nossa.

Você se desespera como eu quando entra no auditório e há mais lugares vazios do que ocupados? Quando a pessoa que você esperava que se emocionasse mais com a mensagem está ausente? Quando o ponto que você achou que seria o alvo não se concretiza?

Essas decepções facilmente levam à melancolia da tarde de domingo, que depois se aprofunda na tristeza da manhã de segunda-feira. Desistir silenciosamente se torna uma opção viável. “Será que tudo isso realmente vale a pena?”

Pastor, a resposta é sim. Mas precisamos nos lembrar do que Jesus disse sobre a verdadeira recompensa. Ele não nos prometeu uma igreja lotada. Ele não garantiu a atenção ou o reconhecimento total dos nossos membros. Ele definitivamente não prometeu fama.

Em vez disso, Jesus prometeu que todos que o seguem herdarão a vida eterna.

Não se concentre nas recompensas que nunca lhe foram prometidas. Concentre-se nas que foram prometidas.

Antecipar suas recompensas mantém você fiel

A fidelidade pode parecer uma meta decepcionante. Ela não é orientada por métricas ou estatísticas, o que a faz parecer insignificante. Afinal, o mundo valoriza a produção muito mais do que a lealdade e a perseverança.

Às vezes, até a cultura da igreja apresenta a fidelidade como algo semelhante a um troféu de participação em esportes. Ela é reservada para os perdedores que não têm talento para se destacar. Compelidos a dizer algo positivo sobre eles, oferecemos um modesto “Ah, sim, eles são… fiéis”.

Mas a fidelidade é preciosa para o Senhor.

Veja o apóstolo Paulo, que diz que a única coisa que é exigida dos pastores é que eles sejam encontrados fiéis (1 Coríntios 4:2).

Considere Jesus, que diz que as recompensas celestiais estão reservadas para aqueles que permanecem fiéis a Ele. “Entrai no gozo do Senhor” é o convite estendido apenas ao “servo bom e fiel” (Mt 25:23).

A fidelidade no ministério, assim como a fidelidade no casamento, nem sempre é empolgante. Na verdade, muitas vezes parece um trabalho árduo; um trabalho árduo e constante; colocar um pé na frente do outro. Normalmente não há nada de chamativo em trabalhar na Palavra e em se esforçar para amar as pessoas da maneira que o Senhor ordenou.

No entanto, a fidelidade é o objetivo. Fidelidade significa recusar-se a adulterar a Palavra de Deus ou a tomar atalhos — mesmo que pareçam caminhos mais seguros e rápidos para o sucesso (2 Coríntios 4.1-2).

Fidelidade envolve assumir o seu papel de subpastor e pastorear com amor e ternura aqueles sob seus cuidados, com integridade. Deus prometeu que, quando o Pastor Supremo aparecer, você receberá a coroa imarcescível da glória (1 Pedro 5.1-4).

A fidelidade suporta sofrimentos: coisas como ataques pessoais injustificados, críticas não solicitadas, tratamento cruel. Essas coisas não se limitam ao primeiro ano de ministério. Alguns sofrimentos do seu ministério persistem até que o Senhor retorne ou o chame para casa.

Irmão pastor, não devemos responder com violência e sarcasmo, mas com amor e alegria. Por quê? Porque mesmo que as pessoas nos odeiem, nos excluam, nos insultem e rejeitem nosso nome como sendo maligno por causa do nosso ministério a serviço do Salvador, sabemos que nossa recompensa é grande no céu (Lucas 6.22-23).

Os santos do passado suportaram lutas longas e árduas. Às vezes, eram expostos publicamente a aflições e maus-tratos. Às vezes, perdiam casas e propriedades. Mas, com alegria, apegavam-se a Jesus. Sabiam que tinham uma possessão melhor e duradoura à sua espera se continuassem a seguir fielmente o Senhor (Hb 10.32-34).

“Portanto”, nos instrui o autor de Hebreus, “não abandonem a confiança que têm no Senhor”. Não se desviem de segui-lo nem se cansem de pastorear da maneira que ele prescreveu. Deus nos garantiu uma grande recompensa que nos aguarda. Quando tivermos perseverado e feito a vontade de Deus, receberemos a promessa (Hb 10.35-36).

O que teremos então? Tudo. Jesus disse isso. E ele sempre cumpre suas promessas. Devemos continuar pastoreando, pastor. Nossa recompensa está chegando.

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