O Distrito Federal vai criar uma divisão antiterrorismo para tentar prever ataques semelhantes ao da noite dessa quarta-feira na praça dos Três Poderes. A informação foi dada pelo secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, ao canal CNN.
O que aconteceuSetor vai ser associado à Divisão de Combate ao Crime Organizado da PCDF, disse secretário. Ele afirmou que a criação foi um pedido do governador Ibaines Rocha, mas não deu data para o início das operações.
Além de monitorar conteúdos nas redes, divisão deve "ajudar a Polícia Federal na troca de informações de inteligência". "É uma situação grave, que a gente tem que procurar se antecipar, para não acontecer de novo", disse.
PF afirmou que vai investigar atentado cometido por Francisco Wanderley Luiz como ato terrorista. O inquérito foi aberto ainda na noite de ontem, poucas horas após as explosões, segundo fontes ouvidas pelo.
Parentes do homem serão ouvidos pela Polícia Civil de Santa Catarina. O autor do crime concorreu ao cargo de vereador em 2020 em Rio do Sul, mas não foi eleito. Ele se mudou para o Distrito Federal cerca de quatro meses antes do crime.
Entenda o casoA PF tem um setor especifico que faz esse trabalho e o governador Ibaines já mandou que nós criássemos também agora na Polícia Civil do Distrito Federal, até com intuito de ajudar a PF no que diz respeito a atos de terrorismo no DF.
Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, à CNN
As explosões ocorreram por volta das 19h30 de quarta-feira (13). Uma varredura será feita nos prédios da Câmara e do STF nesta quinta-feira — as atividades devem ser retomadas a partir das 12h. O Senado Federal também suspendeu os trabalhos.
Luiz teria circulado pelo anexo 4 da Câmara durante o dia, segundo informação dada aos deputados pelo chefe de segurança da Casa. O local abriga a maioria dos gabinetes dos parlamentares. A entrada no prédio é liberada para qualquer pessoa. Os visitantes precisam passar por um detector de metal, mas não há revistas.
A Câmara estava em votação no momento da explosão no estacionamento. Os deputados discutiam a PEC que amplia a imunidade tributária das igrejas. Com a notícia das explosões, parlamentares reclamaram da continuidade da sessão apesar da "banalização da violência e dos ataques de 8 de Janeiro", em referência aos atos ocorridos também na Praça dos Três Poderes.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) suspendeu a sessão às 21h14 após a confirmação da morte. O deputado manteve os trabalhos até o horário com o argumento de que estava "aguardando o chefe da Segurança da Câmara dos Deputados".
O STF divulgou uma nota dizendo que "ministros foram retirados do prédio em segurança". A Corte afirmou que "dois fortes estrondos foram ouvidos". A sessão do Supremo era sobre operações policiais nas favelas do Rio. A sessão contou com autoridades e representantes da sociedade civil. Por isso, o plenário estava mais cheio do que o normal — na hora das explosões, muitos ainda estavam no prédio.