O real impacto ambiental da carne vermelha
Segunda-feira, 04 de Novembro de 2024    08h02

O real impacto ambiental da carne vermelha

Fonte: Dr. Rondó
Foto: Divulgação

 

O grande alarde em relação à carne vermelha é o mantra que sempre se ouve de pessoas que não a entendem como saudável, poluem o planeta, consome muita água e promove desertificação.

Mas com isso acabam consumindo raramente, ou nada como é o caso dos vegetarianos que são os maiores “preocupados” com o ambiente.

Nada está mais longe da verdade do que esse pensamento.

Entendam a real situação:

– Gases de efeito estufa

As estatísticas citadas normalmente são que as vacas produzem mais gases do efeito estufa, que todos os meios de transportes combinados do planeta, ou 18% de todos os gases de efeito estufa.

Essa informação é baseada na estatística do ON Food and Agricultura Association, sendo citada frequentemente pela mídia para as pessoas pararem de comer carne vermelha. Os cálculos são tendenciosos, baseada em resultados tendenciosos, tanto é que um dos autores admitiu mais tarde, que não era justa a comparação.

Na realidade, de acordo com uma análise precisa sobre o assunto, mostra que o gado contribui com menos de 3% das emissões globais desses gases de efeito estufa.

Entretanto, mesmo com essa revisão do estudo, não se levou em conta que animais que pastoreiam podem na verdade ajudar a remover carbono da atmosfera.

Animais à pasto são capazes de sequestrarem mais carbono do que qualquer  outro ecossistema, incorporando o carbono das pastagens e solo. O mesmo não ocorre com animais confinados que podem aumentar as emissões de carbono.

Um estudo mostra que animais à pasto podem também reduzir as emissões de óxido nítrico, um gás ambiental, que ambientalistas concordam ser mais lesivo do que o CO2.

Outro estudo, mostra que gado à pasto, tem a habilidade de aumentar o sequestro de carbono, superando as emissões de gases de efeito estufa.

Portanto, em condições corretas o gado é CO2 negativos !

– Uso de água

Esse é outro argumento contra a carne vermelha. Porém, muito da água atribuída à produção de carne vermelha, simplesmente é chuva, que cai nas pastagens para alimentar o gado.

A produção de alimento para animais confinados, é a que mais consome água.

Nos sistemas de pastagens, o gado consome em média de 18 a 24 l/kg de carne.

Já no confinamento, a variação de consumo de água é de 34 a 540 l/kg de carne.

– Desertificação

De acordo com Alan Savory, o ambientalista é contra a afirmativa de que o gado promova desertificação.

Na verdade, tanto o gado como outros rebanhos, revertem a desertificação, quando o sistema de pastoreio é feito de forma rotacional, preservando a terra.

Já com os confinamentos, isso não ocorre.

– Gado alimentado à pasto ou com grãos

O gado criado à pasto, além de carbono negativo, são amigos das fontes ambientais, como a água.

Por outro lado, confinamentos, geram poluição através da forma de preparar e tratar os animais, além de antibióticos e muito pesticida, presente nas rações.

– Escolhendo carne de animal à pasto ou de animais confinados

Não se pode ignorar que a carne à pasto é superior à alimentada com grãos:

– Ômega 3 e Ômega 6

No animal criado à pasto a relação é de 1 de ômega 3, para 1 de ômega 6, o que é o ideal.

Já no animal criado confinado, à base de ração a relação é de 1 de ômega 3, para 7,65 de ômega 6, o que é altamente pró inflamatório, comprometendo oxidação e disfunção mitocondrial.
 

                                               Ômega 3                                            Ômega 6

Gado criado a pasto                1,53                                                    1

Gado confinado                        1                                                         7,65

 

– Gordura saturada
Os 3 principais tipos de gordura saturada encontrada na carne vermelha são:

  • Ácido esteárico
  • Ácido palmítico
  • Ácido miristico
  • O animal à pasto contém maior concentração de ácido esteárico, que a comunidade científica mostra não aumentar os níveis de colesterol sanguíneo.

    Esta alta proporção de ácido esteárico em comparação com os ácidos palmítico e miristico presente na carne do gado confinado, promovem aumento do colesterol

    – Ácido Linoleico (CLA)

    É um potente antioxidante, protetor contra doença cardíaca, diabetes e câncer. 

    Carne vermelha é uma das principais fontes alimentares de CLA, e gado criado à pasto contém 500% mais CLA do que gado confinado. Isso é porque alimentação à base de grãos reduz o pH do sistema digestivo em animais ruminantes, que inibe o crescimento de bactérias que produzem CLA.

    – Antioxidantes, vitaminas e minerais

    Animais criados à pasto contém mais antioxidantes, vitaminas e minerais que gado criado com ração.

    Carotenoides, como o beta caroteno, são precursores da vitamina A, encontrado como pigmento em plantas. Animais alimentados com ração não contém boa quantidade de carotenoides, pois grãos não os contém.

    Com o pastoreio, se consegue maior quantidade de vitamina E, que protege o ômega 3 de ser oxidado, além de zinco, ferro, fosforo, sódio e potássio.

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