Sete erros mortais do catolicismo romano
Quarta-feira, 02 de Outubro de 2024    12h29

Sete erros mortais do catolicismo romano

Apesar de tantos erros, católicos poderiam ser salvos?

Fonte: Voltemos ao Evangelho
Foto: Divulgação

 

Deixe-me expor algunsos motivos pelos quais devemos nos preocupar seriamente com os ensinamentos da Igreja Católica Romana – e que, em vários níveis, sua postura contraditória em relação às Escrituras produz, penso eu, um tipo de religião que temo que tenha desviado muitas pessoas, levando-as até mesmo à destruição. E não estou querendo dizer que o catolicismo romano é o único a dominar esse tipo de ensinamento enganoso. Há muitas marcas da chamada tradição “cristã” que têm prejudicado as pessoas pelos erros que representam.

Sete erros mortais

A seguir, veremos sete exemplos do que me preocupa sobre o ensinamento católico romano e que acho que deveríamos nos preocupar muito e evitar.

  • Devemos nos preocupar que a Igreja Católica Romana eleve a autoridade do papa e dos concílios da igreja — quando falando em sua capacidade oficial como professores da igreja — ao mesmo nível da Sagrada Escritura. Isso levou muitos católicos romanos a se afastarem de um envolvimento pessoal com as Escrituras para uma confiança na igreja — embora a igreja seja falível — quando eles deveriam estar confiando nas Escrituras, a própria palavra de Deus, inspirada e escrita.
  • Devemos nos preocupar com o fato de a abençoada Virgem Maria – e não tenho problema em chamá-la assim – ser elevada a uma posição, na prática, em que ela faz a mediação entre o povo de Deus e o Filho de Deus de uma forma que prejudica o ministério sacerdotal direto de Cristo entre seu povo e Deus. Essa elevação de Maria – além de qualquer coisa nas Escrituras, baseada apenas na tradição da igreja – afasta o povo de Deus do desfrute da comunhão pessoal com Jesus e do tipo de relacionamento e segurança que, de outra forma, poderiam desfrutar com ele.
  • Devemos nos preocupar com o ensino da regeneração batismal — a ideia de que uma colocação apropriada de água na cabeça do bebê, pelo próprio trabalho da água ( ex opere operato , pela própria operação da coisa em si, pelo próprio trabalho da água no ato sacerdotal), causa uma mudança na natureza do bebê de perdido no pecado original para salvo pela regeneração. Essa noção produziu, eu diria, uma confiança infundada e incalculável no povo de Deus que tem pouca ou nenhuma fé pessoal ou relacionamento com Cristo ou amor a Jesus, e ainda assim, por causa de seu batismo, acredita que está destinado ao céu.
  • Devemos nos preocupar com a oferta das chamadas indulgências, que o próprio Papa Francisco ofereceu – não em um passado distante do século XVI. Isso envolve certos tipos de peregrinações, edifícios especiais ou pagamentos especiais que podem ser realizados ou frequentados para que o papa conceda uma indulgência que proporcione o perdão dos pecados. Essa é uma deturpação terrível da singularidade absoluta da morte de Cristo como a provisão para os pecados e a fé pessoal como o meio pelo qual essa provisão se torna nossa.
  • Devemos nos preocupar com a confusão sobre a doutrina da justificação somente pela graça com base somente em Cristo, por meio da fé somente para a glória de Deus somente. A insistência católica romana de que a justificação consiste na infusão de justiça, que (como nossa própria virtude) nos qualifica para sermos aceitos por Deus, não é a mesma que a doutrina bíblica de Deus se tornando 100 por cento para nós no momento em que, pela fé, somos unidos a Cristo, de modo que seu sangue e justiça somente se tornem a base dessa aceitação.
  • Devemos nos preocupar com a centralidade da missa na prática católica romana, na qual o pão e o vinho são realmente transubstanciados. Eles se tornam o corpo físico e o sangue físico de Jesus para que a Ceia do Senhor assuma um poder de salvação pela entrada do sangue e do corpo de Jesus em nós, o que nunca foi pretendido na Bíblia. Ela engana milhões de pessoas sobre o que está acontecendo naquele momento.
  • Finalmente, devemos nos preocupar com a doutrina do purgatório, na qual uma pessoa após a morte pode receber outra chance de suportar alguma punição para que finalmente possa seguir seu caminho para o céu após fazer penitência apropriada lá. A Bíblia não oferece tal esperança para aqueles que morrem na descrença. Nada disso é encontrado nas Escrituras.
  • Os católicos podem ser salvos?

    Então, tendo mostrado no mínimo estas 7 razões pelas quais a doutrina católica é mortalmente perigosa, respondo a uma pergunta sincera feita por muitos cristãos genuínos e sinceros — os católicos podem ser salvos? Minha resposta à pergunta, no entanto, é sim. Acho que há cristãos genuínos que são católicos romanos devotos e inconsistentes – “devotos” no sentido de que são sérios e sinceros, autênticos, e “inconsistentes” no sentido de que sua verdadeira adesão a Jesus no coração é melhor do que suas ideias ou doutrinas em suas mentes.

    Se uma pessoa tiver um encontro genuíno com o Cristo vivo e reconhecer a profundidade da pecaminosidade humana e a falta de esperança em que nos encontramos sem a graça e sem Cristo, e ver em Jesus o substituto que Deus providenciou para suportar nossa punição e prover tudo o que precisamos para sermos aceitos por Deus, e essa pessoa se jogar na misericórdia de Cristo, desesperando-se de toda autossuficiência, e valorizar Cristo como seu tesouro supremo e sua esperança de vida eterna, essa pessoa será salva – mesmo que muitas ideias doutrinárias sejam confusas ou errôneas. Em outras palavras, é possível que o coração de uma pessoa e sua compreensão essencial de Cristo sejam muito melhores do que as estruturas de sua grade doutrinária, e todos nós podemos ser muito, muito gratos por isso.

    Por: John Piper

    John Piper é o fundador e professor do desiringGod.org e chanceler do Bethlehem College & Seminary. Por 33 anos, serviu como pastor da igreja Bethlehem Baptist Church, em Mineápolis, Minessota. Ele é autor de mais de 50 livros, incluindo Em busca de Deus: Meditações de um hedonista cristão e o mais recente Providência.

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