Cinco décadas depois de disputar a semifinal da Libertadores pela última vez, o Botafogo está de volta à penúltima fase da competição continental, novamente com a esperança de buscar o título inédito.
Nesta quarta-feira (25), a equipe carioca eliminou o São Paulo no Morumbis, com uma vitória nos pênaltis (5 a 4), depois de um empate por 1 a 1 no tempo regulamentar, e venceu o confronto pelas quartas de final.
A última vez que o time da estrela solitária havia disputado a semifinal do continental foi em 1973, ano em que repetiu o desempenho de 1963, nas edições em que obteve até hoje os seus melhores resultados.
Na próxima fase, o Botafogo vai enfrentar o vencedor do confronto entre Flamengo e Peñarol. A equipe do Uruguai está em vantagem, pois venceu o jogo de ida no Maracanã por 1 a 0. O segundo duelo será nesta quinta-feira (26), às 19h (de Brasília), em Montevidéu.
A classificação botafoguense fez jus ao que foi o confronto de 180 minutos entre paulistas e cariocas. O placar de 1 a 1 no tempo regulamentar, que provou a disputa por pênaltis, não refletiu o domínio que o time do Rio de Janeiro teve nas quartas de final, sobretudo no jogo de ida, quando desperdiçou muitas chances e viu o São Paulo festejar o 0 a 0.
No Morumbis, parecia que o Botafogo iria se vingar longe de casa. Com 15 minutos, Thiago Almada abriu o placar. Acuados, os donos da casa tinham dificuldade para chegar no campo de ataque, enquanto os visitantes trabalhavam a bola com tranquilidade, à espera de uma chance para ampliar.
Os donos da casa, no entanto, tiveram a chance de reagir antes do intervalo. Já nos acréscimos, o árbitro foi chamado pelo VAR para conferir um lance duvidoso na grande área e considerou pênalti um desvio da bola no braço de Bastos. Na cobrança, porém, Lucas Moura acertou o travessão e a bola subiu para a linha de fundo.
Nos 45 minutos finais, o São Paulo, enfim, começou a levar perigo ao gol botafoguense. Mas ainda sofreu com a falta de pontaria de seus atacantes. Calleri, por exemplo, desperdiçou uma chance sozinho, debaixo da trave, onde recebeu um cruzamento de Luciano e finalizou para fora.
O argentino conseguiu se redimir já aos 42 minutos, quando empatou a partida de cabeça, após um novo cruzamento, desta vez de André Silva.
Nos minutos finais, atletas das duas equipes se envolveram em uma confusão à beira do gramado, e dois jogadores que não estavam atuando foram expulsos: o lateral são-paulino Rafinha, que já havia sido substituído na partida, e o goleiro reserva do Botafogo Gatito Fernandéz.
A briga esfriou a partida, que se arrastou até os pênaltis. Foi aí que o então herói da noite são-paulina virou um dos vilões da queda. Calleri foi o responsável pela primeira cobrança e acertou o travessão.
Vitinho também errou seu chute, renovando a esperança dos tricolores, mas Rodrigo Nestor parou nas mãos do goleiro John e Matheus Martins fechou a classificação do Botafogo.
Na outra chave, o Atlético Mineiro derrotou o Fluminense por 2 a 0, também nesta quarta-feira (25), em sua arena, em Belo Horizonte, e está de volta à semifinal após três anos. A última vez que a equipe mineira foi à penúltima fase da competição ocorreu em 2021, quando acabou eliminada pelo Palmeiras.
Curiosamente, quem ajudou o time de Minas a avançar desta vez foi justamente um ex-jogador da equipe alviverde. Coube a Deyverson marcar os dois gols sobre o tricolor carioca.
O Atlético vai encarar o River Plate na semifinal da competição continental. A equipe argentina superou o Colo-Colo nas quartas de final.