Creatina
Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024    10h45

Creatina

Fonte: Dr. Rondó
Foto: Divulgação

 

Quando se fala em creatina, sempre se pensa na sua importante ação na melhora da performance muscular, pois age na conversão de adenosina difosfato (ADP) em adenosina trifosfato (ATP), a principal fonte de energia na célula.

É por isso que se usa para melhorar a produção de energia nos exercícios de alta intensidade e no exercício resistido (musculação).

Porém, a creatina além de ser encontrada com abundância no musculo, é presente também em altas concentrações no cérebro.

Benefícios cerebrais

Atualmente sabe-se, a creatina tem mais importância na saúde cerebral, do que nos músculos.

Ou seja, ela tem papel crucial na função cerebral e de outros tecidos que tenham alta demanda energética.

Tanto é, que crianças que apresentam erros genéticos de síntese de creatina apresentam importantes sintomas neurológicos, assim como pacientes com doenças neurodegenerativas se beneficiam muito com a suplementação de creatina.

Há estudos que mostram também que a creatina em baixa concentração, está associada com depressão e ansiedade. Em animais melhoram as manifestações de Doença de Parkinson.

Melhoram também quedas de dopamina que estão associadas a sintomas como perda de função muscular e comprometimento da fala.

Publicação no Nutrition Reviews, observou que a suplementação de creatina melhora a memória em adultos, e conclui:

“As concentrações de ACC de Cr podem ser um fator neuroquímico importante relacionado à recuperação do estresse. Trabalhos futuros devem investigar o Cr como um possível fator de proteção contra os efeitos do estresse traumático”

Estresse traumático e outras condições psicológicas

De acordo com estudo da University of Utah School of Medicine, realizada em veteranos de guerra americanos, observaram um ótimo efeito da creatina na recuperação de experiências de estresse traumático.

No Journal of Affective Disorders, os cientistas comentaram:

“Há evidências pré-clínicas emergentes de que a creatina (Cr), uma molécula crítica para a bioenergética cerebral, pode ser um marcador neurobiológico de reatividade ao estresse e recuperação”

No cérebro, temos uma região cortical específica, que é ativada quando se tem emoções negativas como dor, tristeza e medo.

Dependendo da concentração de creatina, que em grandes quantidades criam um efeito protetor contra os efeitos traumáticos do estresse, influenciando a habilidade individual de se recuperar do trauma, graças a energia disponível nessa área cerebral.

Para o bom funcionamento cerebral, é necessário cerca de 20% da energia gerada em todo o corpo, garantindo assim uma boa saúde mental.

Fontes de creatina

Na dieta, é encontrado somente em proteína animal, e lógico de preferência de gado criados à pasto.

Cuidado com carnes de aves e suínos, pois a imensa maioria é confinada sendo rica em ácido linoleico, proveniente das rações que esses animais ingerem, pois são à base de vegetais e óleos de sementes.

Esse ácido linoleico em excesso, compromete a função mitocondrial fundamental para gerar energia celular.

Por outro lado, a creatina ajuda na regeneração de ATP, o que melhora a eficiência da geração de energia pelas células.

Além disso, a creatina suporta a função mitocondrial aumentando a disponibilidade de ATP.

Portanto, reduza o máximo possível as fontes de Ácido Linoleico (LA), o grande veneno mitocondrial.

Outra opção é a suplementação na forma de monohidrato de creatina, mas que seja de laboratório de qualidade.

Não há estudos que mostrem efeitos adversos do uso da creatina, porém, que siga as orientações recomendadas pelo seu médico ou nutricionista.

É importante tomar bastante água para que não cause inchaço no abdômen.

E para vegetarianos, gera um efeito positivo na parte cognitiva, saúde cerebral, além de mais força muscular.

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