Bolsonaro aguarda melhora em clima político para enviar reforma administrativa
Segunda-feira, 18 de Novembro de 2019    15h05

Bolsonaro aguarda melhora em clima político para enviar reforma administrativa

A proposta enfrenta resistência tanto na direita como na esquerda e pode ser enviada ao Congresso apenas em 2020 para evitar protestos populares

Fonte: Redação

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (18) que não há pressa para o envio da reforma administrativa e que aguarda uma melhora no clima político no Poder Legislativo para evitar uma reação negativa à proposta.

A apresentação do texto, elaborado pela equipe econômica, estava prevista para os próximos dias. A articulação política do Palácio do Planalto, no entanto, recebeu sinais de resistência à medida tanto de parlamentares de direita como de esquerda.

"Está no forno. Está no forno, pô. Para que tanta pressa? Não to entendendo", disse o presidente, ao ser perguntado pela imprensa no Palácio do Planalto. "Tem que mandar para lá para ter menos atrito possível. É só isso", acrescentou.

No domingo (17), Bolsonaro disse que a proposta deve levar mais tempo para ser concluída. Nos últimos dias, o ministro Paulo Guedes (Economia) também adotou posição de cautela e segurou a apresentação da reforma.

"Eu falei um pouco ontem e fizeram uma festa", disse o presidente nesta segunda-feira (18) em reação à repercussão de sua declaração no final de semana.

A proposta altera carreiras e salários dos servidores públicos. Ela é considerada sensível porque atinge uma categoria de trabalhadores que tem forte lobby no Legislativo. A frente parlamentar do serviço público tem 255 deputados, o que corresponde a quase metade dos 513.

Até os últimos dias, a equipe econômica trabalhava com a divulgação na próxima terça-feira (19). Diante da forte resistência, o Palácio do Planalto cogita deixá-la para o próximo ano. A principal preocupação é a de que, diante da deflagração de protestos na América do Sul, a iniciativa gere manifestações também no Brasil.

Inicialmente, o pacote tinha previsão de ser apresentado junto com a proposta de pacto federativo (que propõe alteração de regras fiscais e orçamentárias), no começo do mês. Mas a reestruturação do serviço público foi adiada.

Gustavo Uribe/Folha

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